Trinta anos a
construir o Campo de Futebol
“Parque de Jogos
Francisco Vieira”
Segundo rezam as crónicas, na década de 1970, alguns Directores de então, pediram ao Sr. Francisco Vieira, se lhe cediam um terreno aonde pudessem fazer um Campo de Futebol, para que a excelente geração de Atletas da época, pudessem treinar e jogar. Lembro aos mais novos, que o Rechousa, jogava num pequeno campo sem condições, aos altos e baixos, chamado "Torres", aonde hoje está instalado o supermercado Modelo.
O Sr. Francisco Vieira não se fez rogado e sugeriu um terreno no lugar da "choca" e este na Serra de Canelas. A opção recaíu neste por ser maior e mais sugestivo. Em 1972, começaram as terra-planagens. Um ano depois, construiam-se uns pequenos balneários e a água para os banhos era transportada em bidões, que eram rolados através do campo e bombados para um pequeno depósito, sendo a a água racionada. Em 1974 fez-se um poço com 36 metros que custou 75 contos. De 1975 até 1979, realizaram-se os primeiros grandes jogos integrados em Torneios de futebol Inter-Empresas e Populares, e por aqui passaram grandes jogadores da época, integrados em Equipas como a Utic, o Salvador Caetano e o próprio Rechousa. Em 1980 o Atlético filiou-se na Associação de Futebol do Porto, mas só em 22 de Abril de 1995, efectuou o seu primeiro Jogo oficial neste Campo.
Durante estes longos 15 anos, é de realçar 2 melhoramentos importantes, em 1989 a construção de uns novos balneários e em 1994 a obtenção de um furo para haver água mais abundante.
E foi precisamente, a partir de 1995, ano em que o Atlético começou a efectuar os seus Jogos do Campeonato de Amadores, que neste Parque de Jogos se criaram as infra-estruturas fundamentais, que estão à vista de todos, nomeadamente, o melhoramento do piso, a luz artificial, as redes de vedação, a instalação de uma caldeira para 1.000 litros de água quente, a construção da Casa do Rechousa, da mini-Bancada, que permitem um maior conforto a todos aqueles que gostam de praticar e ver futebol.
Durante estes 30 anos, as sucessivas Direcções do Atlético, foram fazendo "à mão" este Recinto desportivo, sempre com a concordância tácita dos seus proprietários.
Até que chegou o dia 15 de Novembro de 2000, e pela mão de Jorge Luís o Presidente de então, o Sr. Francisco Vieira foi voluntariamente ao Notário, assinar a Escritura de Doação deste Campo para o Atlético.
Este acto ficará inesquecível na vida do Atlético, por ser o marco mais importante da sua existência.
(ex-Presidente da Direcção)